domingo, 10 de junho de 2012

TOPIÁRIAS

Sempre curti muito o uso de TOPIÁRIAS em jardins e vasos ornamentais, embora encontremos com muita dificuldade aqui em Cuiabá (e em todo Brasil, de uma maneira geral), plantas já preparadas para esta finalidade.
Para quem ainda não conhece, TOPIÁRIA é a arte de podar plantas em formas ornamentais. Consite em dar formas artísticas às plantas mediante corte com tesouras de podar. Esta prática é super antiga, desde os tempos romanos, mas teve seus tempos áureos na época de Versailles, em meados dos anos de 1600. Sendo uma arte sofisticada, sua presença no paisagismo, está historicamente relacioanada com a nobreza e o clero.
Para "esculpir" uma planta são necessários, normalmente, vários anos de intervenções onde se utiliza estacas e armações (entre outras técnicas) com a finalidade de  guiar o crescimento da planta, e, obter assim, formas que de outra maneira seriam impossíveis de se conseguir.
As espécies vegetais mais utilizadas, além do buxo, que é a principal espécie desta arte, são as dos gêneros Ligustrum (lentiscos), Lantana, Lonicera (madressilvas) e Hedera (hera), ou Prunus laurocerasus (o louro cerejo) e o alecrim.
 As características mais importantes que estas plantas têm em comum incluem:
  • crescimento lento a moderado,
  • longevidade,
  • folhas firmes (coriáceas a duras) e perenes,
  • tolerância a podas freqüentes,
  • folhagem naturalmente ramificada e compacta.
Segundo as informações que tenho, as podas devem ser realizadas desde quando a planta é jovem, para que ela vá adquirinho tolerância ao manejo, além da forma densa, pelo estímulo à ramificação. A forma neste momento é importante, mas o detalhamento pode ser deixado para os anos subseqüentes. A época ideal para as podas é no final do inverno e no início do verão. Arbustos floríferos devem ser podados somente após a floração, para não prejudicar o florescimento.
Podas realizadas no outono ou final do verão, irão estimular o crescimento de novos ramos e estes não terão tempo de se prepar para o inverno que se aproxima, o que não é o caso da nossa região, já que contamos com um "típico verão" em todas as nossas estações do ano.
As podas de limpeza, de galhos doentes e mal formados, podem ser realizadas a qualquer tempo, e as podas drásticas devem ser evitadas pois debilitam muito as plantas, podendo ocasionar a sua morte.
O material de manejo necessário a topiária é muito simples. Basta uma boa tesoura corta sebes (do tipo longa, leve e ligeira), com cabo emborrachado e confortável e batentes de borracha que absorvam o impacto. A tesoura deve estar sempre bem afiada, além de esterilizada entre uma planta e outra, de forma a evitar a propagação de doenças. Arames e fios de nylon podem ser necessários, para corrigir alguns ramos mais rebeldes.
Com a nova técnica stuffed, desenvolvida pelos americanos na década de 60, que utiliza suportes revestidos com trepadeiras, ervas e gramíneas, novas formas se tornaram possíveis, com maior variedade nas cores e texturas das esculturas. A topiaria feita desta forma é muito mais prática e rápida de ser realizada e tornou-se popular mundialmente através dos jardins dos parques WALT DISNEY, algo que SEMPRE me encanta, todas as vezes que tenho a oportunidade de visitá-los.
Na técnica stuffed, os suportes são os protagonistas da forma, e devem ser de material resistente e durável. Nesta técnica de topiária, diferentemente dos modelos exclusivamente feitos com podas, pode-se formar esculturas de plantas em áreas semi-sombreadas, dependendo das espécies escolhidas. Diversos tipos de plantas são permitidos, desde trepadeiras (heras e unha-de-gato são as mais comuns), até gramíneas, forrações diversas, flores e folhagens. Os substratos devem ser bem estruturados com espumas e fibras naturais, como cipós, esfagno e fibra de côco.
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Com a revolução paisagística provocada pelos jardins informais ingleses, no século XVIII, a topiária perdeu sua força. No Brasil, os jardins tropicais de nosso paisagista de maior projeção, Burle Marx, também eram avessos às topiárias, assim como qualquer técnica que modificasse a forma natural das plantas. Mas a topiária sobreviveu à estas "caras feias". Ela ressurgiu nos jardins contemporâneos e minimalistas, com formas geométricas simples ou abstratas, que conferem modernidade aos ambientes. Nos jardins orientais elas também são bem vindas, desde que tenham formas naturais de plantas, à semelhança da arte bonsai, como em algumas imagens que vocês verão a seguir.
As formas redondas, cônicas e espirais são as mais simples e fáceis de se realizar com perfeição. Isso é o que dizeeeem... rsrs... afinal, euzinha nunca fiz nenhuma, embora não me falte vontade. Acho que depois desta pesquisa, vou me aventurar numa dessas idéias "em formato mini"... hehehehe!... Depois eu conto o que virou!... Espero que curtam! Beijos!





































Um comentário:

  1. deve haver uma estrutura de algum material resistente por baixo da planta para dar a forma,quem sabe arame bem grosso.

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